O provérbio parafraseado no título é: “Só percebemos o valor da água quando a fonte seca”. Pena que no Brasil não é assim. A presidente Dilma no final de 2012 afirmou que não havia risco de racionamento de energia elétrica, apesar dos frequentes “apagões” no Nordeste e Sudeste.
Em tese, ela que é uma das maiores especialistas do setor elétrico brasileiro, inclusive integrou a equipe que em 2001 formulou o Plano Energético para o Brasil durante o governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não cometeu nenhum equívoco. Afinal, a presidente deveria ter em mãos documentos de órgãos competentes como o ANEEL, a EPE – Empresa de Pesquisa Energética, o próprio CMSE – Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, o ONS - Operador Nacional do Setor Elétrico, a ANA – Agência Nacional de Águas e muitos outros embasando sua declaração.
Para comprovar e não defender a declaração da presidente Dilma foi um pouquinho mais longe. Caso ela tivesse dúvidas em relação a um provável racionamento não teria anunciado a redução da tarifa de energia para os consumidores em aproximadamente 20%. Porque é bem lógico como reduzir o valor de algo que corre o risco de ser racionado?!
Como explicar agora as reportagens em todos os veículos de comunicação que apontam o baixo nível dos principais reservatórios como ameaça para um desabastecimento de energia. Situação negada na última quarta-feira pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, após a primeira reunião mensal de 2013 do CMSE.
Uma afirmação é correta, o volume anual de chuva é imprevisível tanto aqui quanto no outro lado do mundo. E isto qualquer um pode presenciar todos os dias nos noticiários matutinos. As moças e rapazes do tempo anunciam chuva em uma região e a população espera e nada de chuva. Anunciam céu ensolarado em outra e lá chove torrencialmente. A culpa deve ser com certeza dos meteorologistas – já diz alguém, mas não sejamos tão convictos disto, eles também não controlam o tempo. O único que tem fama de fazer isto, segundo os católicos é São Pedro.
O que é certo para mim é que a maioria dos brasileiros fica extremamente temerosa e inconformada quando o bicho do racionamento elétrico começa a pairar, na verdade a baixar nos reservatórios. Lamentável é não ver nenhum esforço desta mesma população para algo pior do que a falta de energia. O desperdício diário e irrefreável deste produto.
Só sentimos falta da água quando a fonte seca, literalmente. No caso da eletricidade do País, cujo potencial – um determinado público ficará indignado agora, é hídrico, ela ainda não é realmente sentida. Se por acaso fosse não ficaríamos nervosos com o governo por ter que ativar as termelétricas nestes momentos. Elas são abastecidas, em sua maioria, com combustível comprovadamente nocivo ao ambiente e com altíssimo valor para nossos bolsos. E não tem energia alternativa que dê conta de sustentar a demanda energética do País.
Afinal, frase que já repeti muitas vezes em 2012, por qual motivo não aprendemos a economizar o produto final – a energia elétrica que chega as nossas residências, nos shoppings, nas escolas, nas faculdades, nos hospitais públicos e particulares e até mesmo na sede dos poderes legislativos, executivos e judiciários de todos os estados brasileiros?! Como o Brasil pode ser referência mundial em programas de uso eficiente de energia elétrica e uso racional de água se eles não são adotados por todos?!
Bem fácil responder: Só sentimos falta de algo quando sua fonte acaba! E felizmente a nossa principal fonte, invejada por outros que já perderam ou nunca tiveram igual, ainda não acabou. Não afirmo que seja eterna, lembro apenas: ainda não acabou. Temos tempo de aprender a economizar na fonte. Comecemos já acessando o site www.eletrobras.com/procel o mesmo do selo com a carinha simpática em forma de lâmpada fluorescente que as crianças adoram ver quando adquirimos algum aparelho eletrônico ou eletrodoméstico. Ele possui dicas incríveis de uso eficiente de energia elétrica e água que vão muito além daquelas que já decoramos, sem praticar efetivamente.
Quando iniciei minha vida como blogueira, minha intenção foi contestar a falta de modos e educação no mundo on line, mas esta fase passou... ainda bem! Agora resolvi compartilhar o que realmente faz parte da minha vida: a comunicação e a energia elétrica, assim juntas! Daí o nome Comunicação com Energia. As vezes comentarei algo do idioma Espanhol ou da Espanha que amo muito também! Então, vamos lá...
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