Quando iniciei minha vida como blogueira, minha intenção foi contestar a falta de modos e educação no mundo on line, mas esta fase passou... ainda bem! Agora resolvi compartilhar o que realmente faz parte da minha vida: a comunicação e a energia elétrica, assim juntas! Daí o nome Comunicação com Energia. As vezes comentarei algo do idioma Espanhol ou da Espanha que amo muito também! Então, vamos lá...
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Energia para termos energia em 2013
O “apagão” do último sábado atingiu 13,4% dos brasileiros em 12 Estados, segundo comunicado oficial do ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico. Ficaram sem energia cidades de Acre, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
Eu que no momento estou em Goiânia não senti este “apagão” - com aspas mesmo porque aprendi com técnicos do setor elétrico que Apagão – com letra maiúscula e sem aspas faz um estrago muito maior do que algumas horas, em diversas cidades, simultaneamente! São termos e questões técnicas que nos, os consumidores ainda teremos dificuldade em entender. Até porque o termo “apagão” foi utilizado pela primeira vez na imprensa brasileira em 2001, na crise do setor elétrico que afetou a distribuição de energia de julho do mesmo ano até 27 de setembro de 2002. Ele foi provocado pela falta de chuvas, no período, que deixaram várias represas vazias, impossibilitando a geração de energia, aliada a falta de planejamento e investimentos no setor energético.
Voltando ao último final de semana... Eu não senti a falta da energia elétrica, pois no setor onde estava não houve interrupção nenhuma. Tive sorte não privilégio. Estava próxima de uma subestação elétrica que funciona como ponto de controle e transferência em um sistema de transmissão de energia elétrica, direcionando e controlando o fluxo energético, transformando os níveis de tensão e funcionando como pontos de entrega para consumidores.
Ainda segundo o Segundo ONS e MME - Ministério de Minas e Energia, o apagão teve origem nas instalações da usina hidrelétrica Itumbiara, de propriedade da Eletrobras Furnas, localizada na divisa entre Goiás e Minas Gerais. Esta é uma das desvantagens do SIN – Sistema Interligado Nacional, que possibilita o compartilhamento de energia entre os diversos estados do País. Quando temos a falha no sistema elétrico de um, os outros que estão diretamente “ligados” padecem. Não tinha como ser diferente para o Brasil crescer e esta é uma das vantagens do SIN, na verdade a existência dele.
O Sistema permitiu que o potencial hidrelétrico da região Norte fosse compartilhado com as demais regiões e a prova disto foi o Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira: usinas Jirau e Santo Antônio (RO) e agora Belo Monte (PA), que complementará nos próximos três anos a geração de energia do SIN.
Enfim, o título acima - como quase tudo em minha vida tem duplo sentido. A Energia que me referi não é apenas a elétrica. A energia que precisaremos para 2013 é a positiva, com carga máxima, mesmo sabendo que a negativa também faz parte do nosso dia a dia e sem as duas é impossível viver; energia solidária, energia para pensar; energia para sonhar... Tenhamos energia para aguentar a falta de energia de alguns, o excesso de outros; energia em carga positiva para aguentar a falta de energia – agora elétrica mesmo, quando ela faltar afinal os testes, as falhas são necessárias também para tudo dar certo no final. Eu acredito nesta energia! Fato.
Eu que no momento estou em Goiânia não senti este “apagão” - com aspas mesmo porque aprendi com técnicos do setor elétrico que Apagão – com letra maiúscula e sem aspas faz um estrago muito maior do que algumas horas, em diversas cidades, simultaneamente! São termos e questões técnicas que nos, os consumidores ainda teremos dificuldade em entender. Até porque o termo “apagão” foi utilizado pela primeira vez na imprensa brasileira em 2001, na crise do setor elétrico que afetou a distribuição de energia de julho do mesmo ano até 27 de setembro de 2002. Ele foi provocado pela falta de chuvas, no período, que deixaram várias represas vazias, impossibilitando a geração de energia, aliada a falta de planejamento e investimentos no setor energético.
Voltando ao último final de semana... Eu não senti a falta da energia elétrica, pois no setor onde estava não houve interrupção nenhuma. Tive sorte não privilégio. Estava próxima de uma subestação elétrica que funciona como ponto de controle e transferência em um sistema de transmissão de energia elétrica, direcionando e controlando o fluxo energético, transformando os níveis de tensão e funcionando como pontos de entrega para consumidores.
Ainda segundo o Segundo ONS e MME - Ministério de Minas e Energia, o apagão teve origem nas instalações da usina hidrelétrica Itumbiara, de propriedade da Eletrobras Furnas, localizada na divisa entre Goiás e Minas Gerais. Esta é uma das desvantagens do SIN – Sistema Interligado Nacional, que possibilita o compartilhamento de energia entre os diversos estados do País. Quando temos a falha no sistema elétrico de um, os outros que estão diretamente “ligados” padecem. Não tinha como ser diferente para o Brasil crescer e esta é uma das vantagens do SIN, na verdade a existência dele.
O Sistema permitiu que o potencial hidrelétrico da região Norte fosse compartilhado com as demais regiões e a prova disto foi o Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira: usinas Jirau e Santo Antônio (RO) e agora Belo Monte (PA), que complementará nos próximos três anos a geração de energia do SIN.
Enfim, o título acima - como quase tudo em minha vida tem duplo sentido. A Energia que me referi não é apenas a elétrica. A energia que precisaremos para 2013 é a positiva, com carga máxima, mesmo sabendo que a negativa também faz parte do nosso dia a dia e sem as duas é impossível viver; energia solidária, energia para pensar; energia para sonhar... Tenhamos energia para aguentar a falta de energia de alguns, o excesso de outros; energia em carga positiva para aguentar a falta de energia – agora elétrica mesmo, quando ela faltar afinal os testes, as falhas são necessárias também para tudo dar certo no final. Eu acredito nesta energia! Fato.
domingo, 9 de dezembro de 2012
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Denuncias na UFRJ não me causam “surpresa”
Acho que muitos ficaram indignados com a denúncia do último final de semana, do Ministério Público Federal contra o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, Carlos Antônio Levi, e outros dirigentes da instituição por mau uso de dinheiro público. A ação civil por improbidade administrativa se baseia, principalmente, no relatório elaborado por três auditores da Controladoria Geral da União (CGU), que há dois anos começaram a investigar as contas da UFRJ.
Quem não ficou indignado teve no mínimo aquele sentimento de: “já vi esta história antes... Qual a novidade?! Já sei aonde isto irá acabar”! Eu, por minha parte não fiquei nem indignada, nem surpresa! O fato me fez recordar minha época de discente na Universidade Federal de Rondônia – Unir, de 1999 até 2003. Sempre tinha alguma denúncia do DCE – Diretório Acadêmico sobre alguma provável ação irregular da reitoria. Sempre tinha algo de errado no ar, na época estava sendo construído o pavilhão do curso de Direito e as turmas de Letras, tanto Inglês, quanto Português e Espanhol utilizavam provisoriamente estas instalações, no período diurno. O provisório se tornou definitivo, porque conclui o curso no pavilhão de Letras ouvindo a piadinha infame da turma de Direito: Olha só o pessoal das letrinhas, que rapidamente respondíamos: vocês fazem Direito para fazerem direitinho... Coisas de universitários, maduros e cultos...
Muitas coisas me chatearam na vida acadêmica: alguns professores que apontavam a porta de saída quando a turma não correspondia a uma aula e lembrava que havia um monte de pessoas querendo estar ali, sem pagar um centavo. A péssima comida da lanchonete terceirizada que nunca perdia o contrato, apesar das reclamações que fazíamos; as greves, a ausência injustificada de professores, o perigoso transporte coletivo na esburacada BR- 364 sentido Rio Branco (AC).
É claro que existem lembranças maravilhosas desta época. Algumas amizades que persistem até hoje, professores que incentivavam e despertavam o melhor de cada um; o diploma de uma universidade federal que tem seu peso em qualquer lugar do mundo, o aprendizado – é claro! Mas... Sempre tem um, mas, no meio do caminho – fazer o quê?! O caso recente da UFRJ me recordou algo que eu tinha quase esquecido, o prejuízo provocado indiretamente-diretamente pelo Prohacap, no último ano de universidade. O Programa de Habilitação e Capacitação de Professores Leigos ajudou e acredito que ajuda ainda muitos professores que só possuem o Magistério e consequentemente centenas de alunos da rede pública de ensino de Rondônia.
Acho louvável, nada contra a iniciativa. Agora que ela afetou muito meu curso, ah isto afetou. A cada semestre tínhamos dois professores que sumiam duas semanas para o interior do Estado para lecionar no Prohacap. Isto desestimulava as turmas, pois quando isto acontecia ficávamos sem professor em sala de aula, e tínhamos que fazer trabalhos monumentais para cobrir a ausência dele.
Tomei certa antipatia pelo programa quando descobri que alguns professores estavam em pé de guerra para participar dele pelo simples fato de ganhar até três vezes o salário de professor, em apenas duas semanas! Não foi do nada que teve gente que passou de carro popular para caminhonete. Enquanto uns ganharam eu e muitos outros, deste período, perdemos em qualidade de ensino. Passamos quase de ensino regular para supletivo, em algumas matérias de tanto trabalho que fazíamos. Espero que hoje seja diferente e que o programa não tenha servido apenas para proporcionar uma renda a mais para alguns docentes. Espero realmente que os formados pelo Prohacap tenham recebido um ensino de qualidade que muitos da Unir deixaram de ter. Isto já compensaria um pouco, só um pouco.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Então, acabou o sonho ou pesadelo da UHE Belo Monte?!
“O maior canteiro de obras do Brasil, localizado no sítio do Jirau, cidade de Porto Velho em Rondônia, ardeu em chamas no dia 15 de março e em poucas horas virou cinzas. Alojamentos e ônibus foram queimados ou destruídos, além do posto de saúde, de escritórios e do almoxarifado. Um caixa eletrônico do Bradesco saqueado. A destruição do canteiro de obras foi resultado de um levante operário”. Este é um trecho de uma matéria publicada na revista Veja, em 18 de março de 2010. É impossível não fazer menção a este fato que marcou o setor elétrico quando o mesmo aconteceu no último final de semana nos três canteiros de obra da UHE Belo Monte, em Altamira (PA) e com certeza será destaque na mídia nacional.
Tal qual aconteceu nas instalações de Jirau, alojamentos não de madeira como os primeiros, mas de material anti-chamas foram derrubados por veículos pesados manobrados não por motoristas e sim por manifestantes encapuzados. Refeitórios quebrados e saqueados da mesma maneira que escritórios administrativos, lavanderias, lanchonetes de terceirizados... Os trabalhadores que não participavam das depredações tiveram a opção de fugir pela mata ou pelo rio Xingu. Quero lembrar que estamos falando da maior usina em construção do Brasil e a terceira maior do mundo!
O motivo não muito diferente de Jirau foi à negociação salarial que não agradou a todos, como acontece em todo período de dissídio de diversas categorias no Brasil e no mundo. Ao contrário de Jirau, não tem como não correlacionar, os trabalhadores não reclamavam dos alojamentos que são comprovadamente os melhores já construídos em barragem. Até porque em Jirau, durante uma visita do então presidente Lula foi dito: "Isso [ar condicionado nos alojamentos] demonstra que os trabalhadores vão aprendendo a conquistar seus direitos, os empresários vão aprendendo que é importante que, quanto mais conforto, mais os trabalhadores produzem e assim a gente vai mudando a cara do nosso País", disse um otimista Lula.
O problema e que nem mesma a presidente Dilma – especialista no setor elétrico e defensora do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira e de Belo Monte, os representantes dos consórcios que venceram os leilões para construir estes empreendimentos, os governadores, prefeitos e demais autoridades diretamente envolvidas não previram o imprevisível: o comportamento de 25 mil trabalhadores de diferentes escolaridades, religiões e regiões. Melhor dizendo de 50 mil, porque foram 25 mil em Santo Antônio e Jirau – no auge da construção, neste momento em Belo Monte em torno de 10 mil trabalhadores – e em 2013, 25 mil. Quer dizer seriam, afinal neste momento, por minha experiência em barragens posso afirmar que a logística do envio dos trabalhadores de volta para suas casas já que não existe local para abriga-los na obra e nem na cidade de Altamira será tratado como prioridade pelo consórcio responsável pela obra.
No segundo momento entram os planos de contingências que aprendemos nos MBAs. Só devem permanecer nos sítios Belo Monte, Canais e Diques e Pimental – que formaram futuramente a UHE Belo Monte, os trabalhadores responsáveis pela reconstrução da infraestrutura que era tido como 70 por cento resolvidos, antes desta quebradeira. O momento é de cortar custos, não digo com isto que os trabalhadores enviados para casa foram demitidos, eles continuaram a receber seus salários.
Também é necessário voltar à negociação com o sindicato, que por sua vez fica impossibilitado de exigir o impossível. Muito do que destruído não pode ser coberto por seguro. Eu como brasileira fico indignada como muitos deveriam ficar, afinal estamos falando de dinheiro do FGTS que estão sendo aplicados na obra que neste momento é a principal do PAC.
Também sou trabalhadora e humana e não sou alheia aos direitos trabalhistas, mas todos têm conhecimento que reivindicação trabalhista não é sinônimo de depredação, violência física, roubos de equipamentos... Ainda lembro com saudosismo quando a usina Samuel em Rondônia foi construída, apesar da pouca idade não me recordo de atos de violência em canteiros de obras como os que acontecem hoje.
Fico pensando será que a UHE Belo Monte terá o mesmo destino de Jirau que ainda não conseguiu cumprir nenhum prazo do cronograma, por conta do que ocorreu em 2010. Será que o sonho para uns, de ter emprego por 10 anos ou pesadelo para outros, dos alardeados impactos ambientais e sociais também chegou ao fim?! Não é tão simples assim, o que acontecer em Belo Monte afeta e muito todos os brasileiros.
Dos 1.135.607 Gwh de energia produzida, 794.925 Gwh será vendida as 27 distribuidoras de eletricidade espalhadas pelo país, a partir de 2015. No momento resido no centro-oeste, e estou muito preocupada com esta situação agora se eu estivesse no sudeste e nordeste eu não conseguiria dormir. Não é à toa que por estas bandas já começaram os apagões, são estas duas regiões que mais necessitam da energia de Belo Monte.
terça-feira, 6 de novembro de 2012
A vida imortal de todos
Quem não leu o livro: A vida imortal de Henrietta Lacks deveria correr a banca de revista mais próxima e adquirir a obra que já foi best-seller no New York Times e destaque do ano de revistas nacionais. Quem já leu, com certeza fez diversas releituras, pelo mesmo motivo que eu resolvi escrever sobre ele. É impossível não fazer associação da história verídica desta obra com muito de nossa realidade brasileira.
A vida imortal de Henrietta Lacks foi escrito pela jornalista Rebecca Skloot, uma especialista em matérias científicas. Ele resgata a história da HeLa, células desenvolvidas a partir do tecido cervical de Henrietta Lacks. A sigla HeLa é a fusão da iniciais do nome da negra que morreu em 1951, prática comum em pesquisas, mas cuja células são mantidas e cultivadas até hoje em todos os laboratórios do mundo, inclusive no Brasil.
Agora vem a parte interessante. As célular HeLa, cuja reprodução constante ainda é um mistério para ciência foi enviada a Lua, serviu de base para os primeiros trabalhos de clonagem – antes da ovelha Dolly e contribuiu para estudos do câncer, afinal Henrietta faleceu vítima desta doença. O curioso e revoltante é que este valioso material genético foi retirado sem o consentimento da família de Henrietta Lacks que nunca recebeu nenhum dinheiro e nem mesmo um agradecimento formal por ele. Pior ainda é saber que centenas de laboratórios dos EUA, França, Suíça e em muitos outros países ganharam milhões de dólares com a venda da cultura destas mesmas células...
Peguei o livro por acaso no último final de semana em uma livraria em Altamira (PA). Como negra consciente que ou é impossível não deixar de ler este tipo de material, até porque a capa é muito intrigante e uma aula de Marketing a parte. Numa imagem trabalhada em vermelho você vislumbra o rosto sorridente de uma mulher com os braços na cintura em uma pose provocativa. Ela parece ser e estar muito feliz!
Logo nas primeiras páginas comecei a fazer paralelos com o que acontece aqui conosco. Mas como não sou conhecedora do que é praticado em nossos centros de pesquisas – aliás, alguém sabe, parece que a divulgação é bem escassa não é mesmo?! Passei para algo que conheço de vivência, a Amazônia. Quantas espécies nativas de nossa região, riqueza natural, foi e é contrabandeada para outros países. A mais divulgada foi a da empresa japonesa Asahi Foods, que por meio de uma companhia americana patenteou a marca cupuaçu nos Estados Unidos e na União Européia.
Lógico que não tem comparação, ou melhor, dizendo tem sim com a história da Henrietta Lacks no que se trata de um roubo, de um crime que mesmo indenizado não apaga os males provocados. Sem contar que não são poucos os relatos de sangue indígena retirado por grupos internacionais para pesquisas cujos resultados nunca são apresentados. Então vamos combinar uma lida neste livro porque ele realmente consegue ampliar qualquer visão limitada que possamos ter de muitos assuntos.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Cotas para Negros no serviço público – Também?!
Sou vítima de racismo desde que nasci. Isto mesmo. Vítima! Na minha certidão de nascimento na parte da cor está bem nítido: branca?! Pois é quem me conhece me chama de morena, pior que ser chamada pejorativamente de preta é ser negra e ser chamada de morena, se ainda fosse “Moreninha” na referência do livro de Joaquim Manuel de Macedo ainda estava legal... Mas sério sou negra, tenho olhos grandes, pele negra, lábios finos, no entanto, de tom escuro, nariz de batatinha, não achatado demais e olha só a ironia das ironias têm umas raízes expostas no céu da boca que segundo meu dentista Dr. Janilton Oliveira são característica da raça negra. E eu preocupada com alguma doença bucal! Menos mal...
Ou seja, sou negra descendente de holandeses – por parte de avô paterno goiano, com sangue indígena e negro. Para completar ainda mais a bagunça genética minha parte materna mineira vem com avós descendentes de portugueses e negros. Então já tá bem explicado o cabelo volumoso e ondulado, não crespo, mas em compensação minha filha tem cabelos crespos é "preta-clara" - como dizemos em minha família. Meu filho é um autêntico negro-branco de pele branca, cabelos castanhos claros e olhos que já foram azuis, agora castanhos às vezes esverdeados iguais ao do avô. Mais brasileiro impossível.
Enfim, sou negra e não concordo com a tal medida defendida pessoalmente pela presidente Dilma Rousseff que irá criar cotas nos concursos públicos para os cargos comissionados quanto os concursados. Quando começaram as cotas para universidades achei bacana e válido, porque não foi nada fácil ingressar na Unir vindo da rede pública, com ausência de professores de Português e tudo mais. Mesmo assim continuo não concordando com os exageros nas tais cotas para universidades e agora para ingressar no serviço público é para “acabar os piquis de Goiás” em todos os sentidos.
O delineamento do plano nacional de ações afirmativas ocorre dois meses depois de o governo ter mobilizado sua base no Congresso para aprovar lei que expandiu as cotas em universidades federais. Tudo bem o governo está fazendo sua parte, será?!
O plano das cotas de negros para serviço público deve ser anunciado no final de novembro, quando se comemora o Dia da Consciência Negra (dia 20) e estarão resolvidos dois assuntos que dominam o noticiário: as eleições municipais e o julgamento do Mensalão. Nesta parte não consigo deixa de mencionar o super ministro Joaquim Barbosa, negro, filho de pedreiro - igual a mim que nasceu em Paracatu(MG). Este terceiro, e não primeiro ministro negro do STF – os dois primeiros foram: Hermenegildo de Barros(de 1919 a 1937) e Pedro Lessa (de 1907 a 1921), não precisou de cotas para chegar aonde chegou. Aliás foi a falta de facilidades que o colocou onde ele está com certeza.Tenho orgulho em dizer que minha filha no final do ano conclui o ensino médio, presta o Enen agora em novembro como parda. Parda, mesmo sendo negra, tendo consciência de sua negritude para não ir na aba das cotas. È uma questão de criação, caráter e amor próprio. E olha que ela vai prestar vestibular para o curso de Medicina em Goiânia, na UFG e na PUC.
Vejam a proposta
A cota no funcionalismo público federal está no primeiro capítulo: propõe piso de 30% para negros nas vagas criadas a partir da aprovação da legislação. Hoje, o Executivo tem cerca de 574 mil funcionários civis. No mesmo eixo está a ideia de criar incentivos fiscais para a iniciativa privada fixar metas de preenchimento de vagas de trabalho por negros.
Ou seja, o empresário não ficaria obrigado a contratar ninguém, mas seria financeiramente recompensado se optasse por seguir a política racial do governo federal. Outra medida prevê punição para as empresas que comprovadamente discriminem pessoas em razão da sua cor de pele. Essas firmas seriam vetadas em licitações.
Ou seja, o empresário não ficaria obrigado a contratar ninguém, mas seria financeiramente recompensado se optasse por seguir a política racial do governo federal. Outra medida prevê punição para as empresas que comprovadamente discriminem pessoas em razão da sua cor de pele. Essas firmas seriam vetadas em licitações.
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Os barrageiros também voam
Em abril deste ano iniciei minha vida de “barrageira” - denominação dado aos trabalhadores de barragens/usinas, entretanto acrescentei um adjetivo a mais a esta denominação: barrageira que voa. O motivo de minha viajem naquela ocasião era uma entrevista no consórcio responsável pela construção da UHE Belo Monte, segunda maior usina do Brasil e a terceira maior do mundo. Sai de Porto Velho, capital de Rondônia, berço da histórica e trágica Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, que inspirou a minissérie Mad Maria, região também do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira com destino a Altamira (PA).
Rapidamente cheguei à Manaus (AM), do Teatro Amazonas, da Ponta Negra, do Rio Negro... Uma parada pelo Aeroporto de Belém para conexão e não dá para esquecer: a magnífica cantora Fafá – de - Belém encantou e encanta com sua voz e risada gerações. Ela foi a primeira a mostrar que esta parte do Brasil existia! Não podemos deixar de mencionar o Mercado Ver o Peso, a Docas, o balneário de Salinópolis e o povo único. Enfim, desembarco em Altamira para conhecer um pouco de seus 159. 695,938 km²?! A extensão é essa mesmo, o município tem a maior extensão territorial do mundo deixando para trás países como Portugal, Islândia, Irlanda e Suiça.
Devo confessar que não tive muito tempo de pensar em todas estas particularidades naquele período. Estava animada com a oportunidade de fazer parte do time de trabalhadores que ajudará a tirar do papel um projeto polêmico discutido desde 1975, ano do meu nascimento. Ele atraiu olhares de países vizinhos não contemplados com a riqueza hidrológica e a diversidade de fontes alternativas de energia comuns ao Brasil. Então nada demais que artistas internacionais, conhecidos pela luta em prol da preservação da Amazônia se manifestassem contra o empreendimento. Interessante lembrar que estes mesmo defensores da natureza não deixam de desfrutar o conforto oriundo da energia elétrica em suas mansões e castelos...
Os devaneios acima aconteceram na segunda quinzena de agosto quando regressei à Altamira. Se você está se perguntando: “mais porque tanta empolgação”?! Aproveito para compartilhar algo que poucos conseguem explicar pela dimensão de sua grandeza. A UHE Belo Monte além de um dos principais empreendimentos do PAC – Plano e Aceleração do Crescimento, depois da construção das usinas Santo Antônio e Jirau tem a missão quase impossível de assegurar a demanda de energia elétrica para o crescimento industrial do Brasil.
Proporcionar esta base sem prejuízos e apagões nas residências como aconteceu - Deus nos livre, em 2000 é um fato bem difícil de contestar! Assim obras de infraestrutura básica em andamento nas capitais contempladas para sediar a Copa das Confederações, em 2013, da Copa do Mundo de 2014, das Olímpiadas e das Paraolimpíadas de 2016 serão realizadas com uma matriz energética segura. Sem isto não existe desenvolvimento econômico em lugar nenhum!
Indo e vindo do Norte, do Sul, do Nordeste, do Sudeste e do meu Centro-Oeste somos atualmente mais de 12 mil funcionários e em 2013 - picos máximos da obra serão 25 mil utilizando o transporte aéreo, ao menos uma vez por ano para trabalhar e voltar para casa em nossas “baixadas” – descanso remunerado na cidade de origem.
Com certeza a pessoa que está sentada na poltrona a seu lado, durante alguma viajem aérea, calçando uma bota de “trilha” deve estar muito cansada para conversar, ou com olhar fixo em uma tela de computador repleta de tabelas e gráficos incompreensíveis. Ele pode ser um dos, aliás, um brasileiro, viajante como você com objetivos diferentes. As semelhanças também existem. Deixamos filhos, marido, netos, sobrinhos, amigos ou voltamos para eles.
Algumas vezes, que nada, na maioria das ocasiões estaremos carregando grandes mochilas como bagagem de mão disputando o restrito espaço, pois trazemos de casa muitas coisas. Só assim não perdemos nossa identidade e levamos daqui mais ainda: como resistir às peculiaridades únicas da região Amazônica?! Nunca são suficientes os pacotinhos de sequilhos de castanha do Pará ou os bombons de cupuaçu que utilizamos para presentear.
Continuaremos neste ritmo de ir e vir durante mais oito anos, até agora só foram pouco mais de 14 meses de obra, dos 10 anos previstos... No azul cristalino e calmo do céu, ou nos dias escuros do inverno amazônico voaremos unidos por um bom motivo: levar energia elétrica para os mais de 192 milhões de brasileiros que formam a nação canarinho!
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
Eleições: votar consciente com consciência
Votei a primeira fez com 18 anos e confesso que não estava preparada para este ato de cidadania. Eu já trabalhava no jornal o Estadão do Norte na função “foca”, mas não era realmente consciente do efeito que o aparente e simples ato de escolher um candidato e um partido tem em nossas vidas.
Perto de mais uma eleição fiquei curiosa para saber como surgiu esse processo no Brasil e depois de uma rápida, mas não superficial pesquisa no dito santo Google encontrou algumas respostas e compartilho com vocês.
A história do voto no Brasil começou 32 anos após Cabral ter desembarcado no País. Foi no dia 23 de janeiro de 1532 que os moradores da primeira vila fundada na colônia portuguesa - São Vicente, em São Paulo - foram às urnas para eleger o Conselho Municipal. A votação foi indireta: o povo elegeu seis representantes, que, em seguida, escolheu os oficiais do conselho. Era proibida a presença de autoridades do Reino nos locais de votação, para evitar que os eleitores fossem intimidados. As eleições eram orientadas por uma legislação de Portugal - o Livro das Ordenações, elaborado em 1603.
Somente em 1821 as pessoas deixaram de votar apenas em âmbito municipal. Na falta de uma lei eleitoral nacional, foram observados os dispositivos da Constituição Espanhola para eleger 72 representantes junto à corte portuguesa. Os eleitores eram os homens livres e, diferentemente de outras épocas da história do Brasil, os analfabetos também podiam votar. Os partidos políticos não existiam e o voto não era secreto. Bom, secreto para muitos o voto continua não sendo...
Em mais uma medida moralizadora, o título de eleitor foi instituído em 1881, por meio da chamada Lei Saraiva. Mas o novo documento não adiantou muito: os casos de fraude continuaram a acontecer porque o título não possuía a foto do eleitor. Interessante, não vamos ficar naquela história de que só hoje em dia as fraudes ocorrem.
Depois da Proclamação da República, em 1889, o voto ainda não era direito de todos. Menores de 21 anos, mulheres, analfabetos, mendigos, soldados rasos, indígenas e integrantes do clero estavam impedidos de votar. Aqui não resisto preciso manifestar minha opinião. Hoje em dia, os jovens podem votar a partir dos 16 anos e temos até uma mulher presidente do País! Muitos analfabetos votam, mas sejamos realistas, este é um voto muito direcionado. Agora alguém sabe me dizer quando os indígenas começaram a votar e até mesmo eleger seus semelhantes?! Sou sincera eu não lembro mesmo. Quanto ao clero, acho muito estranho os padres e outros líderes religiosos que se candidatam e são eleitos. Considero o absurdo dos absurdos, pois é similar a um médico que deixa os hospitais lotados pela vida pública, é claro que muitos não deixam de exercer a profissão e poucos nem lembram que foram um dia médicos de tão apaixonados que ficam pela Política, que por aqui é profissão também. Engraçado para não ser negativa, uma função muito bem remunerada, não exige um alto nível de escolaridade, afinal tivemos o Lula como presidente e antes que eu seja apedrejada: realmente ele mostrou a diferença entre as pessoas ditas inteligentes e as estudiosas. Lula foi muito inteligente e se cercou de especialistas em todos os setores da economia brasileira. Duas palmas figuradas para ele, copiando o consultor de Liderança Pedro Pedrosa durante um treinamento de Liderança. Palmas não batidas, tradicionais de aniversários, palmas das mãos apenas abertas, uma brincadeira boba para descontrair nos momentos pesados dos treinamentos.
Voltando ao histórico do voto. Em 1932, foi instituída uma nova legislação eleitoral e as mulheres conquistaram o direito ao voto. Foi também no início da década de 30 que o voto passou a ser secreto, após a criação do Tribunal Superior Eleitoral e dos Tribunais Regionais Eleitorais. Mas esses avanços duraram pouco. No final de 1937, após o golpe militar, Getúlio Vargas instituiu o Estado Novo, uma ditadura que se prolongou até 1945. Durante oito anos, o brasileiro não foi às urnas uma única vez. O Congresso foi fechado, e o período, marcado pelo centralismo político. Fonte: http://www2.camara.gov.br
Dai para frente todo mundo lembra o que aconteceu, eu acredito. Então só para relembrar. O voto tem que ser consciente e principalmente com consciência do resultado dele. Até porque, apesar de dos maus políticos, das fraudes, da compra de votos e tudo mais duvidoso e vergonhoso envolvendo as eleições na Pátria amada, nossos políticos ainda não conseguem se eleger apenas por vontade própria! E eu disse ainda... Palmas mais altas para mim, isto mesmo mãos abertas quase chegando à altura da cabeça.
domingo, 23 de setembro de 2012
Estudo & Humildade. Dá para conciliar!
Amo demais aquela máxima de Erasmo de Rotterdam, um teólogo e humanista neerlandês que nasceu em 1466: “Sê consideram os únicos sábios, nada sabem com certeza, mas como nada sabem tudo julgam saber” – Elogio da Loucura. Esta é a sua obra mais conhecida, considerada também um dos mais influentes livros da civilização ocidental e um dos catalisadores da Reforma Protestante.
O livro começa com um aspecto satírico para depois tomar um aspecto mais sombrio, em uma série de orações, já que a loucura aprecia a auto-depreciação, e passa então a uma apreciação satírica dos abusos supersticiosos da doutrina católica e das práticas corruptas da Igreja Católica Romana. O ensaio termina com um testamento claro e por vezes emocionante dos ideais cristãos. Enfim, nos tempos atuais tirando os aspectos religiosos daquela e de nossa época, como é possível uma pessoa em qualquer profissão que seja por um ou outro título se achar superior aos demais?!
Percebo isto o tempo todo no ambiente do Jornalismo, o da Educação e do setor Elétrico que trabalho. Sempre tem um sabe tudo, uma estrela de quinta grandeza, um ser único que não sabe compartilhar o que aprendeu com ninguém, entretanto sabe sim e muito SER.
Tudo em nossa vida é aprendizado constante, ainda mais quanto somos na geração X (nascidos entre 1965 e 1977) e temos filhos e colegas de trabalho da geração Y (nascidos a partir de 1980), da geração Facebook (nem precisa datar, né...rs) e da geração Baby boomers (nascidos entre 1946 e 1977). Os que têm mais de 30 anos espera uma atitude de certa reverência dos subordinados, quem está abaixo na hierarquia ou acima (geração Y) nem sempre associa cargo à autoridade. O respeito, para eles, está ligado ao talento e habilidades dos profissionais com quem trabalham. (Revista Você S.A – 2010).
Ou seja, muito difícil conviver. E isto é visível nas três bases da minha pirâmide profissional. Quando chego para lecionar Espanhol em algum lugar me perguntam minha formação e minha experiência, isto nos bate papos de corredor, passada a fase da entrevista admissional. Acho deselegante mesmo, parafraseando a Sandra Annenbergue dizer minhas qualificações na área. Idem quando assumo alguma função na Comunicação Corporativa. Os colegas logo perguntam você não é daquelas sem formação não, né?! Tipo... qual formação?! Jornalismo, graduação ou pós-graduação em Comunicação Corporativa ou MBA! Ah você é nova no canteiro de obras?! Como assim nova, se tenho mais de 30 anos, 12 dos quais atuando exclusivamente no setor elétrico?!
Sejamos francos todos nós temos experiências individuais únicas em nossas carreiras. O problema é quando pegamos nosso conhecimento e o colocamos em um pedestal, depois exigimos que os outros o admirem como somente nós faremos. Estamos falando de conquistas e vitórias pessoais mesmo. Bem louco?!
Por isso em qualquer situação, seja no pessoal ou profissional, o meu amigo Erasmo funciona: ...Sê consideram os únicos sábios, nada sabem com certeza, mas como nada sabem tudo julgam saber! Isto acaba valendo para a autora deste artigo que por um momento julgou saber algo para compartilhar. Será que é possível juntar o saber com humildade reconhecer que nesta e na outra vida estamos aprendendo o tempo todo!
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
As vantagens da Gestão 2.0 na vida e no trabalho
Finalizei há pouco tempo a leitura do Monge que vendeu sua Ferrari, de Robin Sharma um americano de nascimento, de origem indiana responsável pelo termo Gestão 2.0! Aquela do copo sempre meio cheio...
O livro citado foi publicado em 42 idiomas e não faz parte apenas da leitura de CEOs, administradores, gestores, gerente e todos os demais do mundo corporativo. Ele é uma boa lembrança de coisas básicas que aprendemos na infância, ou melhor, dizendo que todos deveríamos ter aprendido.
Como todos os livros deste novo-velho gênero, o Monge que vendeu sua Ferrari não teve uma expressiva tiragem em seu lançamento. Os editores eram céticos quanto ao título. Quem compraria um livro que sugeria algo tão inusitado?! Todos pensariam que se tratava de autoajuda, de sucesso profissional mais um na lista das centenas que são comercializados...
Então aconteceu o que seria pouco provável para a obra, ele cativou desconhecidos do mundo todo que o divulgaram de boca em boca até chegar à internet. A história do advogado que se transforma em monge e sugestivamente vende sua “Ferrari” conquistou os CEOs das 500 maiores empresas do mundo, listados anualmente na revista Fortune e também de artistas.
Em minhas mãos este livro chegou “por acaso”... Entre aspas mesmo porque este tal acaso não existe na Gestão 2.0. Eu estava passando por uma banca de revista buscando a leitura de sempre e a capa vermelha meio escondendo o símbolo do carro – sinônimo de sucesso e dinheiro despertou minha atenção. Na contracapa a figura do autor, com sua cabeça raspada e olhar sereno, mas monge impossível!
Hoje, depois de 10 anos do lançamento da primeira edição do primeiro de seus 11 livros, ele é o CEO da Sharma Leadership International Inc., empresa de consultoria e treinamento que forma líderes em todos os países. Líderes da Nike, IBM, Fedex, Microsoft, NASA e a tradicional Universidade de Yale e Harvard tiveram seus dias de humildes alunos.
Uma semana depois terminei de ler as 211 páginas da obra referência da Gestão 2.0! Frases como: “preencha a sua mente com pensamentos positivos”, “descoberta de nossas vocações e missão de vida”, “cultive relacionamentos” e “viva plenamente no presente, um dia de cada vez” causam surpresas para vocês?!
Não precisam ser um devoto praticante de nenhuma religião para entender nas entrelinhas das citações acima que tudo tem um princípio, meio e fim. O início pode ser o da educação que recebemos em casa, o meio o que recebemos de influência do ambiente em que vivemos e o fim, aonde chegamos ou queremos chegar com tudo que recebemos de influência e influenciamo
s em nossas vidas. O mundo muda se eu mudo, literalmente.
Entretanto, este livro deveria ser usado não somente no ambiente corporativo. O monge que vendeu sua Ferrari é leitura obrigatória de vida pessoal, familiar e de tudo o mais. Tirando dele um velho-novo conceito: para ser feliz – encontre aquilo que você realmente ama e então se dedique a ele com toda energia. Afinal o propósito de uma vida é uma vida de propósito, sempre!
O livro citado foi publicado em 42 idiomas e não faz parte apenas da leitura de CEOs, administradores, gestores, gerente e todos os demais do mundo corporativo. Ele é uma boa lembrança de coisas básicas que aprendemos na infância, ou melhor, dizendo que todos deveríamos ter aprendido.
Como todos os livros deste novo-velho gênero, o Monge que vendeu sua Ferrari não teve uma expressiva tiragem em seu lançamento. Os editores eram céticos quanto ao título. Quem compraria um livro que sugeria algo tão inusitado?! Todos pensariam que se tratava de autoajuda, de sucesso profissional mais um na lista das centenas que são comercializados...
Então aconteceu o que seria pouco provável para a obra, ele cativou desconhecidos do mundo todo que o divulgaram de boca em boca até chegar à internet. A história do advogado que se transforma em monge e sugestivamente vende sua “Ferrari” conquistou os CEOs das 500 maiores empresas do mundo, listados anualmente na revista Fortune e também de artistas.
Em minhas mãos este livro chegou “por acaso”... Entre aspas mesmo porque este tal acaso não existe na Gestão 2.0. Eu estava passando por uma banca de revista buscando a leitura de sempre e a capa vermelha meio escondendo o símbolo do carro – sinônimo de sucesso e dinheiro despertou minha atenção. Na contracapa a figura do autor, com sua cabeça raspada e olhar sereno, mas monge impossível!
Hoje, depois de 10 anos do lançamento da primeira edição do primeiro de seus 11 livros, ele é o CEO da Sharma Leadership International Inc., empresa de consultoria e treinamento que forma líderes em todos os países. Líderes da Nike, IBM, Fedex, Microsoft, NASA e a tradicional Universidade de Yale e Harvard tiveram seus dias de humildes alunos.
Uma semana depois terminei de ler as 211 páginas da obra referência da Gestão 2.0! Frases como: “preencha a sua mente com pensamentos positivos”, “descoberta de nossas vocações e missão de vida”, “cultive relacionamentos” e “viva plenamente no presente, um dia de cada vez” causam surpresas para vocês?!
Não precisam ser um devoto praticante de nenhuma religião para entender nas entrelinhas das citações acima que tudo tem um princípio, meio e fim. O início pode ser o da educação que recebemos em casa, o meio o que recebemos de influência do ambiente em que vivemos e o fim, aonde chegamos ou queremos chegar com tudo que recebemos de influência e influenciamo
s em nossas vidas. O mundo muda se eu mudo, literalmente.
Entretanto, este livro deveria ser usado não somente no ambiente corporativo. O monge que vendeu sua Ferrari é leitura obrigatória de vida pessoal, familiar e de tudo o mais. Tirando dele um velho-novo conceito: para ser feliz – encontre aquilo que você realmente ama e então se dedique a ele com toda energia. Afinal o propósito de uma vida é uma vida de propósito, sempre!
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Paralímpiadas, o Brasil arrasa você sabia?!
Praticar esportes é superar o limite de seu próprio corpo diariamente. Competir é superar a si mesmo e os adversários. Fazer tudo isso sendo portador de alguma deficiência de nascença ou adquirida ao longo da vida é algo maravilhoso que demonstra até onde o ser humano por ir! E isto que vem a minha mente todas as vezes que assisto as Olímpiadas, e acredito que todos pensam o mesmo, mas eu tenho uma admiração extrema por para desportistas sem menosprezar os feitos de nossos demais atletas.
Fico ansiosa para assistir ao desempenho daqueles que convivem diariamente com deficiências que o impedem ainda de ser vistos e respeitados como pessoas que são. Então quando chegam as Olímpiadas espero elas terminarem para torcer pelos ditos para desportistas, apesar de ser difícil ver todas as competições porque as Paraolimpíadas ou Paraolimpíadas ainda não ganharam o destaque merecido nas emissoras de televisão do Brasil e do mundo. É claro que a TV paga é uma exceção, pena que ainda não é acessível a todos.
A inclusão dos portadores de alguma deficiência física ou mental nos jogos olímpicos nasceu em 1948, quando Ludwig Guttman organizou uma competição esportiva que envolvia veteranos da Segunda Guerra Mundial com lesão na medula espinhal. O evento foi realizado em Stoke Mandeville, na Inglaterra. Quatro anos mais tarde, competidores da Holanda uniram-se aos jogos e assim nasceu um movimento internacional que fez com que jogos no estilo olímpico, para atletas deficientes, fossem organizados pela primeira vez em Roma, em 1960.
Neste ano 182 atletas compõem a delegação brasileira nos Jogos de Londres, e 19 representantes entre árbitros e classificadores internacionais. Serão 13 árbitros, três classificadores, dois assistentes técnicos e um diretor de competições. O Brasil arrasa nas Paraolimpíadas! Em 2008, nossos atletas trouxeram 47 medalhas: 16 Ouros, 14 Prata e 17 Bronzes, o que garantiu a 1ª classificação em Pequim, em 2º Estados Unidos e México! No ano passado, no Parapan-Americano de Guadalajara foram 197 medalhas: 81 de Ouro, 61 de Prata e 55 Bronzes e mais uma vez o Brasil ficou em 1º lugar, deixando Estados Unidos em 2º e México em 3º.
Sem preconceitos ou discriminação, nas Olimpíadas de 2008 nossos atletas ditos normais conquistaram 15 medalhas: 03 de Ouro, 04 de Prata e 08 de Bronze obtendo o 23º lugar. Aqui não quero desmerecer os esforços de nenhum ou de outro, no entanto sejamos realistas ainda somos um País, muito preconceituoso! Quantos atletas portadores de deficiência são estrela de propagandas?! E não vale citar a CEF que é patrocinadora oficial do Comitê Paraolímpico Brasileiro. Vou além - pensem rápido no nome de um paraatleta vencedor de uma das 47 medalhas das competições de Pequim! Conseguiu ao menos um, que não seja parente de algum conhecido seu?!
Serei sincera meu interesse e paixão por estes atletas nasceu de um contato profissional há 10 anos. Trabalhei na Eletrobrás em Rondônia e a empresa apoiava na época dois para desportistas, o mesatenista João Fernando – o Totó que nasceu com paralisia cerebral e Edson Cavalcante Pinheiro, que compete no Atletismo e também nasceu com paralisia cerebral. Este último foi vencedor de duas medalhas de Ouro, na categoria 100 e 200 metros e Prata nos 400 metros no Parapan-Americano de 2011 e não compete mais por Rondônia e sim por Brasília por falta de patrocínio e apoio no local onde foi criado...
Não posso deixar de citar Daniel Dias que conquistou 11 medalhas de Ouro, no último Parapan-Americano, na natação. Ele nasceu com má formação congênita dos membros superiores e da perna direita e descobriu o esporte aos dezesseis anos. Daniel recebeu em 2009 o troféu Laureus, espécie de "Oscar do Esporte", como melhor atleta paraolímpico de 2008. Sua indicação teve como motivo as nove medalhas conquistadas durante os Jogos Paraolímpicos de Pequim. Em 2008, Daniel Dias já havia sido indicado para o mesmo prêmio. Até então, apenas três outros brasileiros haviam recebido este prêmio: Pelé (Futebol, 2000), Ronaldo Fenômeno (Futebol, 2003) e Bob Burnquist (Skateboarding, 2002). Ou seja, ele é o máximo, ele é o Michael Phelps e cadê o merecido reconhecimento?!
Vamos lá depois da leitura deste artigo acessem o site do CPB – Comitê Paraolímpico Brasileiro e conheça mais sobre estes verdadeiros guerreiros: www.cpb.org.br e descubra quantos deles representam nosso País, seu Estado e sua cidade!
domingo, 2 de setembro de 2012
Uma cidade que não paga energia elétrica!
A localidade não era a mais conhecida do norte brasileiro, apesar de ser reconhecida como o maior município em extensão territorial do mundo. Altamira tem seus atrativos: praias ao redor do rio Xingu, uma orla com um por do sol fantástico, aquele ar interiorano... Agora junte tudo isto a algo bem inusitado: 60% dos moradores da cidade não pagam pelo uso de energia elétrica!
Moradores e comerciantes de vários pontos do município que chegou a 110 mil habitantes com a chegada dos trabalhadores da usina Belo Monte, recebem a energia elétrica nas residências, no entanto como não existe relógio para medir este uso, a conta não chega!
Então é bem comum você chegar num comércio com central de ar condicionado, todo iluminado e ver do lado de fora umas gambiarras – aquele serviço de qualquer jeito do poste central para o estabelecimento. Quem paga por este consumo sem uso?! Chegamos a algo bem interessante, a Celpa – Centrais Elétricas do Pará está à venda. A Celpa deve três bilhões de reais para 1.500 credores, entre débitos trabalhistas e empréstimos bancários. A Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica interferiu no processo de venda dela e demais oito distribuidoras do Grupo Rede.
Vamos imaginar o quanto alguns comerciantes de Altamira e outros municípios do Pará que é o 8º estado mais populoso do Brasil, desfrutam do mesmo privilégio de manter um negócio sem ter que desembolsar algo que para todos abona consideravelmente?! E aqueles moradores que possuem até três ar condicionados em casa. A média de custo de um ar condicionado ligado somente noite, no norte está em torno de 200 reais por mês. Somem para ver o quanto uns estão ou deveriam estar economizado, enquanto a maioria do Centro-Oeste, Sudeste, Nordeste nos assustamos todos os meses com o talão de energia.
Será que eu e você não pagamos por eles em algum momento dos últimos aumentos de energia?! Não é o cumulo do absurdo, uma empresa do porte da Celpa justificar que não conseguiu instalar medidores em todas as residências?! Sei lá, cadê as ONGS ambientais, o MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens, e demais contrários da construção das usinas hidrelétricas que participam de protestos que muitas vezes acabam em quebradeiras, não generalizando é claro, que não enxergam isto?! Cadê os protestos será que eles e os demais brasileiros não percebem que isto é uma pirâmide de BIRD no setor elétrico?! Que são contra a construção de empreendimentos para gerar energia, mas não enxergam o ápice da pirâmide, o desperdício deste produto que é de responsabilidade de todos?!
domingo, 19 de agosto de 2012
Aquela tal Altamira...
Alta o quê?! Mira de quem?! Ah tá, Altamira aquele local onde está sendo construída a usina Belo Monte. Pois é, quero apresentar para vocês a cidade de Altamira, que até 2009 foi o maior município do mundo em extensão territorial, com seus 159 695,938 km², ultrapassando vários países como Portugal, Islândia, Irlanda, Suiça e outros. Quero ser mais precisa e falar sobre a cidade sede da maior usina em construção do Brasil e a terceira maior do mundo.
Já adianto que sou suspeita para isto, afinal existe o mundo on line que não vai me deixar mentir. Mesmo sendo suspeitíssima para escrever algo sobre qualquer cidade do Norte do Brasil, pois sou uma goianiense cuja família se retirou para Porto Velho, capital de Rondônia, me recuso a ficar calada quando ouço alguma piadinha sobre esta região. Mesmo tendo voltado a residir no Centro-Oeste.
Ouvi muitos comentários depreceativos sobre a cidade de Altamira, muito antes de pisar em seu solo a trabalho. “Nossa você vai aguentar trabalhar naquele fim de mundo, ou dizem que lá tem falta de tudo!”. É certo que desembarquei no pequeno aeroporto de Altamira com os olhos límpidos de vontade de encontrar maravilhas. O censo do IBGE de 2010 registrou 96 mil habitantes no local que está recebendo os trabalhadores do consórcio responsável pela construção da usina Belo Monte e seus terceirizados. É lógico que a região não comportava a demanda populacional que a obra gerou, sei lá que cidade comportaria mais de 26 mil pessoas, no auge da construção?! Agora são pouco mais de 10 mil. Tenta imagina esta quantidade de pessoas nos hotéis de sua cidade, nos hospitais, disputando restaurantes e outros locais de lazer... Pois é, díficil, não é!
As ruas de Altamira são na maioria estreitas com asfalto e bloquete nos bairros centrais; as casas são de arquitetura moderna e antiga, assim mesmo uma do lado da outra, umas pequenas com portas e janelas de madeiras que deixam entrever os ocupantes, afinal estão sempre abertas, no calor de 30 graus, em média, outras grandes de dois pisos. As calçadas são estreitas, no entanto isso não impede que os pedestres caminhem com facilidade e alguns moradores vendam o tradicional tacacá. Todas as vias são identificadas, coisa rara na região Norte. A cidade não comporta transporte coletivo. Até que a prefeitura tentou manter, entretanto não deu certo. O que se vê são os mototáxistas percorrendo a cidade, junto com os taxistas, demais motoristas e os pedestres fazendo caminhada na orla da cidade, apreciando o belíssimo por do sol no rio Xingu.
Sim, existem muitos aspectos negativos básicos no Nordeste e Norte. Muitas ruas dos bairros da periferia não têm asfalto, existe pouco saneamento básico, urubus fazem das lixeiras das casas seus refeitórios e não se assustam com os trauseuntes. Só existe um hospital público para atender a população e agora os trabalhadores da obra. É claro não tem shopping, mais existe um cinema que conserva a arquitetura e instalação antiga casando com a programação dos lançamentos nacionais e internacionais! A questão do saneamento básico deve ser minimizada com os investimentos de contrapartida social da obra, determinados pelo PAC. Uma delas já teve início, a ampliação do hospital para atender o crescente atendimento gerado por mais de um ano e meio de obra da usina Belo Monte.
Enfim, eu gostaria que cada brasileiro que neste momento utiliza o ar condicionado, a iluminação residencial, o aquecedor, a máquina de lavar, a geladeira que desfruta o conforto dos shoppings centers - consumidores de muita energia elétrica oriunda das usinas hidrelétricas, pois poucos empresários no Brasil e do mundo conseguem arcar com os custos da energia solar, pensassem em Altamira com muito respeito! Deste local, isolado de tudo e de muitos benefícios dos grandes centros sairá energia elétrica para garantir eventos como a Copa, as Olímpiadas, o crescimento industrial para manter o nosso País no patamar dos em desenvolvimento e evitar um temeroso apagão! Ou seja, passem a conhecer Altamira antes de suspirar com desdém ao ouvir a menção de seu nome. Por favor, é um convite!
Educando para o Mensalão
Meu filho Vinycius tem sete anos e uma intimidade com o episódio do Mensalão que poucos brasileiros da mesma tenra idade tiveram ou terão um dia. E isto não é motivo de orgulho, de jeito nenhum. Ele não é nenhum beneficiário fantasma deste esquema, mas como todos desta geração, do que é considerado o maior desvio de verbas públicas do Brasil, nossos filhos sofrerão as consequências dele.
O envolvimento de meu filho é simples explicar hoje, mas foi muito confuso na época para mim. Grávida de oito meses descubro que não receberia o auxílio maternidade porque a tal empresa DNA Propaganda que me contratou como terceirizada para prestar serviços em uma estatal era à mesma cujo proprietário Sr. Marcos Valério estava sendo acusado de gerenciar o repasse de verbas públicas para a maioria dos partidos políticos do País. Este foi o primeiro contato do Vinycius com o mensalão. Dois anos depois deste escândalo eu tive coragem de buscar meus direitos, referente a quatro anos de serviços prestados diariamente sem ter recebido férias, 13º, licença maternidade, depósito de FGTS e ter minha carteira assinada. Enfim, o Vinycius já tinha dois anos quando isto aconteceu. Mais um pouco, como nossas leis funcionam e muito, eu perderia o prazo para contestar esta situação.
Eu consegui, na verdade, nós conseguimos comprovar a existência de um vínculo empregatício com a principal empresa do Sr. Marcos Valério, mesmo a Justiça não tendo encontrado nenhum representante da DNA Propaganda para assinar minha CTPS. O julgamento foi à revelia e eu comprovei através de notas fiscais os anos de serviços prestados, reforçados com testemunhos de colegas de trabalho. Ponto para mim, ponto para o Vinycius e todo o meu respeito à justiça trabalhista!
Agora que meu filho completou sete anos acontece o julgamento do Mensalão. Engraçado que ele assiste os noticiários sobre o julgamento, no entanto ele não sabe o quanto esteve envolvido, ou melhor, foi atingido por tudo o que aconteceu. Para ele, o mensalão: “foi um coisa muito feia que um monte de pessoas ruins fizeram com as crianças é por conta disso muitos não irão frequentar as escolas”! Na sua visão infantil, ele até que está certo porque todo o dinheiro que foi para o bolso de uns e outros fizeram, faz e fará muita falta para a educação e a saúde brasileira.
O engraçado disto tudo, se é que podemos rir, é que até hoje eu não consegui receber nenhum dinheiro da indenização. Meu advogado conseguiu bloquear um dos muitos pagamentos que as estatais devem a DNA Propaganda?! Exatamente o que você acaba de ler, muitas empresas públicas estão devendo o Sr. Marcos Valério. O motivo é a quebra de contrato há sete anos quando estourou o mensalão. Quando ele receber tudo o que lhe devem, eu ficarei feliz e triste. Feliz como indivíduo e triste como cidadã. Até hoje não recebi absolutamente. Imaginem o que acontece com um bloqueio de um pagamento, cuja prioridade é para causas trabalhistas depois os demais, que não é liberado em uma vara do Tribunal de Justiça de DF?!
Nos últimos três anos foram mais de 20 cartas precatórias cobrando a liberação do dinheiro bloqueado sem nenhuma resposta em ofício sobre a situação. Com um detalhe incrível se ele fosse feito o depósito em minha conta corrente seria imediato, através do sistema on line, onde o próprio juiz libera o recurso com um simples toque na tecla enter. Felizmente a justiça trabalhista foi um das maiores conquistas deste País! Foi ela quem determinou à prisão três vezes seguidas de Sr. Marcos Valério, em Minas Gerais, por débitos como o FGTS...
Quanto a meu filho, se depender de mim, jamais ele saberá o quão intimo indiretamente foi de tudo isto. O Vinycius pode descobrir que estava certo quando afirmou que o mensalão prejudicou milhares de estudantes, uma nação e fez muitas pessoas deixarem de acreditar em todos os partidos políticos brasileiros. E, principalmente talvez tenha que guardar na memória um episódio triste da nossa história em que as penalidades de um crime contra os cofres públicos só foram julgados quando estava para prescrever em pleno ano político.
O envolvimento de meu filho é simples explicar hoje, mas foi muito confuso na época para mim. Grávida de oito meses descubro que não receberia o auxílio maternidade porque a tal empresa DNA Propaganda que me contratou como terceirizada para prestar serviços em uma estatal era à mesma cujo proprietário Sr. Marcos Valério estava sendo acusado de gerenciar o repasse de verbas públicas para a maioria dos partidos políticos do País. Este foi o primeiro contato do Vinycius com o mensalão. Dois anos depois deste escândalo eu tive coragem de buscar meus direitos, referente a quatro anos de serviços prestados diariamente sem ter recebido férias, 13º, licença maternidade, depósito de FGTS e ter minha carteira assinada. Enfim, o Vinycius já tinha dois anos quando isto aconteceu. Mais um pouco, como nossas leis funcionam e muito, eu perderia o prazo para contestar esta situação.
Eu consegui, na verdade, nós conseguimos comprovar a existência de um vínculo empregatício com a principal empresa do Sr. Marcos Valério, mesmo a Justiça não tendo encontrado nenhum representante da DNA Propaganda para assinar minha CTPS. O julgamento foi à revelia e eu comprovei através de notas fiscais os anos de serviços prestados, reforçados com testemunhos de colegas de trabalho. Ponto para mim, ponto para o Vinycius e todo o meu respeito à justiça trabalhista!
Agora que meu filho completou sete anos acontece o julgamento do Mensalão. Engraçado que ele assiste os noticiários sobre o julgamento, no entanto ele não sabe o quanto esteve envolvido, ou melhor, foi atingido por tudo o que aconteceu. Para ele, o mensalão: “foi um coisa muito feia que um monte de pessoas ruins fizeram com as crianças é por conta disso muitos não irão frequentar as escolas”! Na sua visão infantil, ele até que está certo porque todo o dinheiro que foi para o bolso de uns e outros fizeram, faz e fará muita falta para a educação e a saúde brasileira.
O engraçado disto tudo, se é que podemos rir, é que até hoje eu não consegui receber nenhum dinheiro da indenização. Meu advogado conseguiu bloquear um dos muitos pagamentos que as estatais devem a DNA Propaganda?! Exatamente o que você acaba de ler, muitas empresas públicas estão devendo o Sr. Marcos Valério. O motivo é a quebra de contrato há sete anos quando estourou o mensalão. Quando ele receber tudo o que lhe devem, eu ficarei feliz e triste. Feliz como indivíduo e triste como cidadã. Até hoje não recebi absolutamente. Imaginem o que acontece com um bloqueio de um pagamento, cuja prioridade é para causas trabalhistas depois os demais, que não é liberado em uma vara do Tribunal de Justiça de DF?!
Nos últimos três anos foram mais de 20 cartas precatórias cobrando a liberação do dinheiro bloqueado sem nenhuma resposta em ofício sobre a situação. Com um detalhe incrível se ele fosse feito o depósito em minha conta corrente seria imediato, através do sistema on line, onde o próprio juiz libera o recurso com um simples toque na tecla enter. Felizmente a justiça trabalhista foi um das maiores conquistas deste País! Foi ela quem determinou à prisão três vezes seguidas de Sr. Marcos Valério, em Minas Gerais, por débitos como o FGTS...
Quanto a meu filho, se depender de mim, jamais ele saberá o quão intimo indiretamente foi de tudo isto. O Vinycius pode descobrir que estava certo quando afirmou que o mensalão prejudicou milhares de estudantes, uma nação e fez muitas pessoas deixarem de acreditar em todos os partidos políticos brasileiros. E, principalmente talvez tenha que guardar na memória um episódio triste da nossa história em que as penalidades de um crime contra os cofres públicos só foram julgados quando estava para prescrever em pleno ano político.
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Como assim Sr. Federico Franco - Sem energia para o Brasil!?
Imagine abrir os olhos pela manhã, se esticar, levantar da cama e tentar acender a luz e nada acontece... Então você resolve tomar um banho, está fazendo 11 graus e o chuveiro não funciona! Sua filha adolescente tenta passar a prancha no cabelo que você considera liso e pronto o mundo acaba agora. Ai você começar a praguejar a distribuidora de energia de sua cidade, o governo estadual e federal e pensa: pago tão caro por isto e ainda falta?! Seu dia começou terrível, mas acredite pode e irá ficar pior. Você terá que descer as escadas do décimo andar do prédio, afinal o elevador não funciona; o porteiro vai abrir o portão do prédio manualmente muitas vezes neste dia. E para você chegar ao trabalho terá que enfrentar um trânsito mais caótico do que o normal, porque os semáforos não funcionam sem a dita energia elétrica... Então, você fica quase feliz de repente também não haverá expediente!
Seria fácil ou aceitável passar por uma situação destas por um dia, três, mas nunca, nunca mesmo meses seguidos! Sejamos sinceros: somos amantes do campo, dos finais de semana contemplando a natureza longe da correria do dia a dia, no entanto mesmo nestes locais ainda somos reféns do comodismo que a energia elétrica nos dá. Lógico que existem alguns milhares de brasileiros que já utilizam a energia solar em casa, mas esta é ainda uma alternativa politicamente correta para poucos privilegiados ou muitos que vivem na zona rural e ribeirinha eu são contemplados com as políticas de uso alternativo de energia.
Por isso quando me deparo com a matéria de que o governo Paraguaio de uma hora para outra pode parar de fornecer a energia excedente gerada pela binacional Itaipu para o Brasil e Argentina, terceira maior usina hidrelétrica do mundo, realmente fico preocupada ao ponto de perder algumas horas de sono! Sem exageros você também não ficaria se imaginasse à proporção que isto pode ter na sua e na minha vida?! Não tenho idade para recordar os pormenores do acordo internacional que permitiu a construção desta mega usina consultei o site de Itaipu para isto, porque temos energia para fazer isto e às quatro da manhã fica difícil encontrar uma biblioteca funcionando, a não ser as virtuais. Lá está escrito que Tratado de Itaipu aconteceu em 1973 e coincidiu com a eclosão da crise mundial provocada pelo aumento do preço do petróleo, intensificando a exploração de fontes de energia renováveis como forma de assegurar um vigoroso desenvolvimento para Brasil e Paraguai.
O custo da usina é de aproximadamente US$ 1.000 por quilowatts instalados, ou cerca de US$ 14 bilhões. O preço atualizado, com os juros e a inflação em dólar do período, chega a US$ 16 bilhões. Com a totalização do projeto de construção, Itaipu Binacional supera em quatro mil megawatts a potência instalada da segunda maior hidrelétrica do mundo, a Usina de Guri, na Venezuela. O rendimento de Itaipu Binacional é excepcional, mesmo se comparado a usinas do futuro. A chinesa Três Gargantas terá uma geração da ordem de 85 bilhões de quilowatts-hora, 8,4 bilhões de quilowatts-hora a menos que a capacidade máxima já atingida por Itaipu Binacional.
Quando a conta de luz chega às residências sempre é um susto, pagamos a energia mais cara do mundo, e como moradora da região Norte por mais de 20 anos posso afirmar sem nenhum orgulho que por estes lados batemos o recorde brasileiro... Ironia das ironias, possuímos a maior floresta e com isso o maior potencial hidrelétrico do mundo, a energia solar, o vento e tudo mais é pagamos caríssimo pelo produto! O governo vai tentar diminuir a tarifa que nas residências chega a 33% só de impostos federais, somados a mais 18% de outros encargos. Você pode fazer esta conta no escuro mesmo são 51% de impostos!!!
Mas, o que influenciará nas vidas dos brasileiros a suspensão da venda da energia excedente de Itaipu como ameaçada pelo s.r. Federico Franco, presidente do Paraguai ?! Quase nada além de um conflito internacional , o atraso de obras para os grandes eventos nos próximos anos que o Brasil sediará, afinal é necessária energia excedente para estas construções, enquanto a geração da usina Santo Antônio é implantada gradativamente dentro do prazo estipulado, e a de Jirau iniciará porque sofreu um atraso de mais de um ano; a construção do AH – Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte segue, entre mobilizações, greves e as intemperes do clima amazônico segue dividindo opiniões em seus mais nove anos de obra !
Volto a pensar e penso redundante mesmo, que sem energia elétrica eu não poderia nem externar minha opinião no meu notebook, enviar por e-mail e saber que ela foi compartilhada por outros. Então sejamos práticos sem energia elétrica, sendo ela de origem hidrelétrica, solar, eólica e de outros meios alternativos realmente não dá s.r. Federico Franco!
terça-feira, 7 de agosto de 2012
Paraolimpíadas, o Brasil arrasa você sabia?!
Praticar esportes é superar o limite de seu próprio corpo diariamente. Competir é superar a si mesmo e os adversários. Fazer tudo isso sendo portador de alguma deficiência de nascença ou adquirida ao longo da vida é algo maravilhoso que demonstra até onde o ser humano por ir! E isto que vem a minha mente todas as vezes que assisto as Olimpíadas, e acredito que todos pensam o mesmo, mas eu tenho uma admiração extrema por para desportistas sem menosprezar os feitos de nossos demais atletas.
Fico ansiosa para assistir ao desempenho daqueles que convivem diariamente com deficiências que o impedem ainda de ser vistos e respeitados como pessoas que são. Então quando chegam as Olimpíadas espero elas terminarem torcer pelos para desportistas, apesar de ser difícil ver todas as competições porque as Paraolimpíadas ou Paraolimpíadas ainda não ganharam o destaque merecido nas emissoras de televisão do Brasil e do mundo. É claro que a TV paga é uma exceção, pena que ainda não é acessível a todos.
A inclusão dos portadores de alguma deficiência física ou mental nos jogos olímpicos nasceu em 1948, quando Ludwig Guttman organizou uma competição esportiva que envolvia veteranos da Segunda Guerra Mundial com lesão na medula espinhal. O evento foi realizado em Stoke Mandeville, na Inglaterra. Quatro anos mais tarde, competidores da Holanda uniram-se aos jogos e assim nasceu um movimento internacional que fez com que jogos no estilo olímpico, para atletas deficientes, fossem organizados pela primeira vez em Roma, em 1960.
Neste ano 182 atletas compõem a delegação brasileira nos Jogos de Londres, e 19 representantes entre árbitros e classificadores internacionais. Serão 13 árbitros, três classificadores, dois assistentes técnicos e um diretor de competições. O Brasil arrasa nas Paraolimpíadas! Em 2008, nossos atletas trouxeram 47 medalhas: 16 Ouros, 14 Prata e 17 Bronzes, o que garantiu a 1ª classificação em Pequim, em 2º Estados Unidos e México! No ano passado, no Parapan-Americano de Guadalajara foram 197 medalhas: 81 de Ouro, 61 de Prata e 55 Bronzes e mais uma vez o Brasil ficou em 1º lugar, deixando Estados Unidos em 2º e México em 3º.
Sem preconceitos ou discriminação, nas Olimpíadas de 2008 nossos atletas ditos normais conquistaram 15 medalhas: 03 de Ouro, 04 de Prata e 08 de Bronze obtendo o 23º lugar. Aqui não quero desmerecer os esforços de nenhum ou de outro, no entanto sejamos realistas ainda somos um País, muito preconceituoso! Quantos atletas portadores de deficiência são estrela de propagandas?! E não vale citar a CEF que é patrocinadora oficial do Comitê Paraolímpico Brasileiro. Vou além - pensem rápido no nome de um paraatleta vencedor de uma das 47 medalhas das competições de Pequim! Conseguiu ao menos um, que não seja parente de algum conhecido seu?!
Serei sincera meu interesse e paixão por estes atletas nasceu de um contato profissional há 10 anos. Trabalhei na Eletrobrás em Rondônia e a empresa apoiava na época dois para desportistas, o mesatenista João Fernando – o Totó que nasceu com paralisia cerebral e Edson Cavalcante Pinheiro, que compete no Atletismo e também nasceu com paralisia cerebral. Este último foi vencedor de duas medalhas de Ouro, na categoria 100 e 200 metros e Prata nos 400 metros no Parapan-Americano de 2011 e não compete mais por Rondônia e sim por Brasília por falta de patrocínio e apoio no local onde foi criado...
Não posso deixar de citar Daniel Dias que conquistou 11 medalhas de Ouro, no último Parapan-Americano, na natação. Ele nasceu com má formação congênita dos membros superiores e da perna direita e descobriu o esporte aos dezesseis anos. Daniel recebeu em 2009 o troféu Laureus, espécie de "Oscar do Esporte", como melhor atleta paraolímpico de 2008. Sua indicação teve como motivo as nove medalhas conquistadas durante os Jogos Paraolímpicos de Pequim. Em 2008, Daniel Dias já havia sido indicado para o mesmo prêmio. Até então, apenas três outros brasileiros haviam recebido este prêmio: Pelé (Futebol, 2000), Ronaldo Fenômeno (Futebol, 2003) e Bob Burnquist (Skateboarding, 2002). Ou seja, ele é o máximo, ele é o Michael Phelps e cadê o merecido reconhecimento?!
Vamos lá depois da leitura deste artigo acessem o site do CPB – Comitê Paraolímpico Brasileiro e conheça mais sobre estes verdadeiros guerreiros: www.cpb.org.br e descubra quantos deles representam nosso País, seu Estado e sua cidade!
terça-feira, 24 de julho de 2012
O Brasil precisa de usinas ou de uso consciente de energia elétrica?!
Em agosto do ano passado, a Energy Information Administration, órgão de estatísticas energéticas ligado ao governo dos EUA divulgou que o consumo mundial de energia elétrica iria crescer 53%, saindo de 505 quatrilhões de BTUs em 2008 para 770 quatrilhões de BTUs em 2035. Aqui vale uma explicação básica para os trabalhadores do setor elétrico, mas não muito acessível para os demais: BTU é a British Thermal Unit, Unidade Térmica Britânica, uma expressão muito utilizada nos Estados Unidos e Reino Unido, que nos brasileiros comuns conhecemos apenas como determinante da potência de vários aparelhos como o ar-condicionado.
O mesmo levantamento apontou o óbvio, China e Índia deveriam responder por metade do crescimento. E o Brasil como fica nesta situação?! Afinal por aqui temos o maior potencial hidrelétrico do mundo na invejada Amazônia, sem mencionar a energia gerada por fontes alternativas como a cana de açúcar, a solar, a eólica e a de resíduos urbanos.
Como país emergente precisamos de energia elétrica para garantir e a o crescimento da economia nacional, através das indústrias; energia em todos os sentidos para a realização de eventos como a Copa das Confederações em 2013, a Copa da FIFA de 2014, as Olímpiadas e as Paraolimpíadas de 2016. Dá para fazer isto sem uma matriz elétrica segura e eficiente?! Nem em sonhos, e isto não é discurso de profissional do setor elétrico ou de ex-coordenadora regional de comunicação da Eletronorte, atual Eletrobrás em Rondônia, berço agora do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira. É fato registrado na Matriz Energética Nacional – horizonte 2030, do Ministério de Minas e Energia. Um documento disponível para todos!
O mesmo documento demonstra em 2030, o consumo de energia elétrica no Brasil poderá se situar entre 950 e 1.250 TWh/ano, o que exigirá a instalação de uma potência hidrelétrica adicional expressiva. Mesmo que se dê prioridade absoluta à expansão da oferta por meio de hidrelétricas, ainda assim a instalação de 120 mil MW, elevando para 80% o uso do potencial, poderá não ser suficiente para atender à demanda por energia nesse horizonte. Lá também está sinalizando uma perspectiva de esgotamento em longo prazo do potencial hidrelétrica nacional. O que é certo, afinal tudo acaba um dia, mais cedo ou mais tarde. Aqui é necessário um retorno a história, os primeiros registros dos aproveitamentos hidráulicos foram encontrados na Mesopotâmia e no Império Egípcio da época dos Faraós, por volta de 3.000 a 2.000 anos A. C. Na idade média a utilização da energia em cidades que possuíam cursos da água, frequentemente determinava a produtividade de seus negócios e seu apogeu comercial.
È claro que a questão ambiental é abordada no documento... “em relação a outros países o Brasil ainda demonstra, por um lado a predominância de uma matriz energética limpa e por outro uma intensidade energética alta em relação aos países desenvolvidos, significando um uso ineficiente da energia, mesmo apresentando um baixo acesso à energia. Ou seja, o brasileiro de Norte a Sul, de Nordeste a Sudeste e Centro-Oeste aonde a energia elétrica chega às residências não sabe usar o produto!
O desperdício de energia elétrica é algo tão problemático que nunca é citado por manifestantes do MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens, comunidades indígenas, comunidades tradicionais, ONGs internacionais e outros profundamente incomodados com empreendimentos como a Usina de Belo Monte, ou melhor AIH – Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte. O que é no mínimo, infelizmente, discrepante, no discurso de preservação ambiental! Ou seja, vamos utilizar fontes alternativas de energia, deixemos de lado as usinas nos rios – mesmo sendo elas do tipo bulbo comprovadamente menos agressivas ao meio ambiente, usem energia elétrica sem nenhuma consciência e continuem acreditando que ela irá aparecer do nada o tempo todo...
A Eletrobrás investe milhões de reais, anualmente, em projetos com o Procel – Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, aquele mesmo do selo da lâmpada nos produtos eletrodomésticos, ar-condicionado e muitos outros, instituído por um decreto presidencial em1993 para orientar os consumidores a comprarem aparelhos que contribuíssem com o desenvolvimento tecnológico e principalmente a preservação do meio ambiente.
Eu gostaria realmente de ver os manifestantes das causas ambientais abraçarem esta bandeira durante os protestos que fazem, onde vemos muita quebradeira de bens públicos e privados, por partes de alguns, é claro. Seria muito interessante que todos brasileiros tivessem conhecimento de casos exemplares como o município de Ariquemes (RO), que conseguiu uma economia excepcional de consumo de energia nas secretarias, postos de saúde. O que significou a redução de 30% da conta mensal da prefeitura. O feito levou a cidade a ser reconhecida em Dubai, nos Emirados Árabes por Melhores Práticas em 2008. Para situar ainda mais o leitor, Ariquemes foi o único dos 52 municípios rondoniense, no período, a efetuar o pagamento de sua conta de luz em dia. Indo mais fundo, em 11 meses foram economizados R$ 300 mil. A estratégia foi identificar os pontos críticos de desperdício e reduzi-los. O mérito não foi apenas do prefeito, que abraçou o programa de uso eficiente de energia nos municípios do Governo Federal, foi dos funcionários que antes de tudo são morados e usuários do produto.
Por isso continuo achando que é muito fácil fazer manifestações para impedir a construção de usinas, por todos os motivos certos e incertos, agora ver o problema lá na frente é um pouco mais difícil, até porque se faltar energia elétrica nos jogos da Copa ou de outros grandes eventos que o Brasil irá sediar, todos os brasileiros, incluindo os que são eticamente contra este tipo de empreendimento sofrerá no calor, sem energia, sem ar-condicionado, sem água gelada nos escritórios, sem...
Assinar:
Comentários (Atom)














