domingo, 23 de setembro de 2012

Apagou no Nordeste - Espera que Belo Monte vai resolver!?


4 milhões de brasileiros da Região Nordeste foram surpreendidos com apagão - Energia e Meio Ambiente - Portal Gente de Opinião"#.UF7yMK14EFY.twitter

Estudo & Humildade. Dá para conciliar!


Amo demais aquela máxima de Erasmo de Rotterdam, um teólogo e humanista neerlandês que nasceu em 1466: “Sê consideram os únicos sábios, nada sabem com certeza, mas como nada sabem tudo julgam saber” – Elogio da Loucura. Esta é a sua obra mais conhecida, considerada também um dos mais influentes livros da civilização ocidental e um dos catalisadores da Reforma Protestante.
O livro começa com um aspecto satírico para depois tomar um aspecto mais sombrio, em uma série de orações, já que a loucura aprecia a auto-depreciação, e passa então a uma apreciação satírica dos abusos supersticiosos da doutrina católica e das práticas corruptas da Igreja Católica Romana. O ensaio termina com um testamento claro e por vezes emocionante dos ideais cristãos. Enfim, nos tempos atuais tirando os aspectos religiosos daquela e de nossa época, como é possível uma pessoa em qualquer profissão que seja por um ou outro título se achar superior aos demais?!
Percebo isto o tempo todo no ambiente do Jornalismo, o da Educação e do setor Elétrico que trabalho. Sempre tem um sabe tudo, uma estrela de quinta grandeza, um ser único que não sabe compartilhar o que aprendeu com ninguém, entretanto sabe sim e muito SER.
Tudo em nossa vida é aprendizado constante, ainda mais quanto somos na geração X (nascidos entre 1965 e 1977) e temos filhos e colegas de trabalho da geração Y (nascidos a partir de 1980), da geração Facebook (nem precisa datar, né...rs) e da geração Baby boomers (nascidos entre 1946 e 1977). Os que têm mais de 30 anos espera uma atitude de certa reverência dos subordinados, quem está abaixo na hierarquia ou acima (geração Y) nem sempre associa cargo à autoridade. O respeito, para eles, está ligado ao talento e habilidades dos profissionais com quem trabalham. (Revista Você S.A – 2010).
Ou seja, muito difícil conviver. E isto é visível nas três bases da minha pirâmide profissional. Quando chego para lecionar Espanhol em algum lugar me perguntam minha formação e minha experiência, isto nos bate papos de corredor, passada a fase da entrevista admissional. Acho deselegante mesmo, parafraseando a Sandra Annenbergue dizer minhas qualificações na área. Idem quando assumo alguma função na Comunicação Corporativa. Os colegas logo perguntam você não é daquelas sem formação não, né?! Tipo... qual formação?! Jornalismo, graduação ou pós-graduação em Comunicação Corporativa ou MBA! Ah você é nova no canteiro de obras?! Como assim nova, se tenho mais de 30 anos, 12 dos quais atuando exclusivamente no setor elétrico?!
Sejamos francos todos nós temos experiências individuais únicas em nossas carreiras. O problema é quando pegamos nosso conhecimento e o colocamos em um pedestal, depois exigimos que os outros o admirem como somente nós faremos. Estamos falando de conquistas e vitórias pessoais mesmo. Bem louco?!
Por isso em qualquer situação, seja no pessoal ou profissional, o meu amigo Erasmo funciona: ...Sê consideram os únicos sábios, nada sabem com certeza, mas como nada sabem tudo julgam saber! Isto acaba valendo para a autora deste artigo que por um momento julgou saber algo para compartilhar. Será que é possível juntar o saber com humildade reconhecer que nesta e na outra vida estamos aprendendo o tempo todo!

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

As vantagens da Gestão 2.0 na vida e no trabalho

Finalizei há pouco tempo a leitura do Monge que vendeu sua Ferrari, de Robin Sharma um americano de nascimento, de origem indiana responsável pelo termo Gestão 2.0! Aquela do copo sempre meio cheio...
O livro citado foi publicado em 42 idiomas e não faz parte apenas da leitura de CEOs, administradores, gestores, gerente e todos os demais do mundo corporativo. Ele é uma boa lembrança de coisas básicas que aprendemos na infância, ou melhor, dizendo que todos deveríamos ter aprendido.
Como todos os livros deste novo-velho gênero, o Monge que vendeu sua Ferrari não teve uma expressiva tiragem em seu lançamento. Os editores eram céticos quanto ao título. Quem compraria um livro que sugeria algo tão inusitado?! Todos pensariam que se tratava de autoajuda, de sucesso profissional mais um na lista das centenas que são comercializados...
Então aconteceu o que seria pouco provável para a obra, ele cativou desconhecidos do mundo todo que o divulgaram de boca em boca até chegar à internet. A história do advogado que se transforma em monge e sugestivamente vende sua “Ferrari” conquistou os CEOs das 500 maiores empresas do mundo, listados anualmente na revista Fortune e também de artistas.
Em minhas mãos este livro chegou “por acaso”... Entre aspas mesmo porque este tal acaso não existe na Gestão 2.0. Eu estava passando por uma banca de revista buscando a leitura de sempre e a capa vermelha meio escondendo o símbolo do carro – sinônimo de sucesso e dinheiro despertou minha atenção. Na contracapa a figura do autor, com sua cabeça raspada e olhar sereno, mas monge impossível!
Hoje, depois de 10 anos do lançamento da primeira edição do primeiro de seus 11 livros, ele é o CEO da Sharma Leadership International Inc., empresa de consultoria e treinamento que forma líderes em todos os países. Líderes da Nike, IBM, Fedex, Microsoft, NASA e a tradicional Universidade de Yale e Harvard tiveram seus dias de humildes alunos.
Uma semana depois terminei de ler as 211 páginas da obra referência da Gestão 2.0! Frases como: “preencha a sua mente com pensamentos positivos”, “descoberta de nossas vocações e missão de vida”, “cultive relacionamentos” e “viva plenamente no presente, um dia de cada vez” causam surpresas para vocês?!
Não precisam ser um devoto praticante de nenhuma religião para entender nas entrelinhas das citações acima que tudo tem um princípio, meio e fim. O início pode ser o da educação que recebemos em casa, o meio o que recebemos de influência do ambiente em que vivemos e o fim, aonde chegamos ou queremos chegar com tudo que recebemos de influência e influenciamo

s em nossas vidas. O mundo muda se eu mudo, literalmente.
Entretanto, este livro deveria ser usado não somente no ambiente corporativo. O monge que vendeu sua Ferrari é leitura obrigatória de vida pessoal, familiar e de tudo o mais. Tirando dele um velho-novo conceito: para ser feliz – encontre aquilo que você realmente ama e então se dedique a ele com toda energia. Afinal o propósito de uma vida é uma vida de propósito, sempre!

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Paralímpiadas, o Brasil arrasa você sabia?!


Praticar esportes é superar o limite de seu próprio corpo diariamente. Competir é superar a si mesmo e os adversários. Fazer tudo isso sendo portador de alguma deficiência de nascença ou adquirida ao longo da vida é algo maravilhoso que demonstra até onde o ser humano por ir! E isto que vem a minha mente todas as vezes que assisto as Olímpiadas, e acredito que todos pensam o mesmo, mas eu tenho uma admiração extrema por para desportistas sem menosprezar os feitos de nossos demais atletas.

Fico ansiosa para assistir ao desempenho daqueles que convivem diariamente com deficiências que o impedem ainda de ser vistos e respeitados como pessoas que são. Então quando chegam as Olímpiadas espero elas terminarem para torcer pelos ditos para desportistas, apesar de ser difícil ver todas as competições porque as Paraolimpíadas ou Paraolimpíadas ainda não ganharam o destaque merecido nas emissoras de televisão do Brasil e do mundo. É claro que a TV paga é uma exceção, pena que ainda não é acessível a todos.

A inclusão dos portadores de alguma deficiência física ou mental nos jogos olímpicos nasceu em 1948, quando Ludwig Guttman organizou uma competição esportiva que envolvia veteranos da Segunda Guerra Mundial com lesão na medula espinhal. O evento foi realizado em Stoke Mandeville, na Inglaterra. Quatro anos mais tarde, competidores da Holanda uniram-se aos jogos e assim nasceu um movimento internacional que fez com que jogos no estilo olímpico, para atletas deficientes, fossem organizados pela primeira vez em Roma, em 1960.

Neste ano 182 atletas compõem a delegação brasileira nos Jogos de Londres, e 19 representantes entre árbitros e classificadores internacionais. Serão 13 árbitros, três classificadores, dois assistentes técnicos e um diretor de competições. O Brasil arrasa nas Paraolimpíadas! Em 2008, nossos atletas trouxeram 47 medalhas: 16 Ouros, 14 Prata e 17 Bronzes, o que garantiu a 1ª classificação em Pequim, em 2º Estados Unidos e México! No ano passado, no Parapan-Americano de Guadalajara foram 197 medalhas: 81 de Ouro, 61 de Prata e 55 Bronzes e mais uma vez o Brasil ficou em 1º lugar, deixando Estados Unidos em 2º e México em 3º.

Sem preconceitos ou discriminação, nas Olimpíadas de 2008 nossos atletas ditos normais conquistaram 15 medalhas: 03 de Ouro, 04 de Prata e 08 de Bronze obtendo o 23º lugar. Aqui não quero desmerecer os esforços de nenhum ou de outro, no entanto sejamos realistas ainda somos um País, muito preconceituoso! Quantos atletas portadores de deficiência são estrela de propagandas?! E não vale citar a CEF que é patrocinadora oficial do Comitê Paraolímpico Brasileiro. Vou além - pensem rápido no nome de um paraatleta vencedor de uma das 47 medalhas das competições de Pequim! Conseguiu ao menos um, que não seja parente de algum conhecido seu?!

Serei sincera meu interesse e paixão por estes atletas nasceu de um contato profissional há 10 anos. Trabalhei na Eletrobrás em Rondônia e a empresa apoiava na época dois para desportistas, o mesatenista João Fernando – o Totó que nasceu com paralisia cerebral e Edson Cavalcante Pinheiro, que compete no Atletismo e também nasceu com paralisia cerebral. Este último foi vencedor de duas medalhas de Ouro, na categoria 100 e 200 metros e Prata nos 400 metros no Parapan-Americano de 2011 e não compete mais por Rondônia e sim por Brasília por falta de patrocínio e apoio no local onde foi criado...

Não posso deixar de citar Daniel Dias que conquistou 11 medalhas de Ouro, no último Parapan-Americano, na natação. Ele nasceu com má formação congênita dos membros superiores e da perna direita e descobriu o esporte aos dezesseis anos. Daniel recebeu em 2009 o troféu Laureus, espécie de "Oscar do Esporte", como melhor atleta paraolímpico de 2008. Sua indicação teve como motivo as nove medalhas conquistadas durante os Jogos Paraolímpicos de Pequim. Em 2008, Daniel Dias já havia sido indicado para o mesmo prêmio. Até então, apenas três outros brasileiros haviam recebido este prêmio: Pelé (Futebol, 2000), Ronaldo Fenômeno (Futebol, 2003) e Bob Burnquist (Skateboarding, 2002). Ou seja, ele é o máximo, ele é o Michael Phelps e cadê o merecido reconhecimento?!

Vamos lá depois da leitura deste artigo acessem o site do CPB – Comitê Paraolímpico Brasileiro e conheça mais sobre estes verdadeiros guerreiros: www.cpb.org.br e descubra quantos deles representam nosso País, seu Estado e sua cidade!

domingo, 2 de setembro de 2012

Uma cidade que não paga energia elétrica!


A localidade não era a mais conhecida do norte brasileiro, apesar de ser reconhecida como o maior município em extensão territorial do mundo. Altamira tem seus atrativos: praias ao redor do rio Xingu, uma orla com um por do sol fantástico, aquele ar interiorano... Agora junte tudo isto a algo bem inusitado: 60% dos moradores da cidade não pagam pelo uso de energia elétrica!

Moradores e comerciantes de vários pontos do município que chegou a 110 mil habitantes com a chegada dos trabalhadores da usina Belo Monte, recebem a energia elétrica nas residências, no entanto como não existe relógio para medir este uso, a conta não chega!
Então é bem comum você chegar num comércio com central de ar condicionado, todo iluminado e ver do lado de fora umas gambiarras – aquele serviço de qualquer jeito do poste central para o estabelecimento. Quem paga por este consumo sem uso?! Chegamos a algo bem interessante, a Celpa – Centrais Elétricas do Pará está à venda. A Celpa deve três bilhões de reais para 1.500 credores, entre débitos trabalhistas e empréstimos bancários. A Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica interferiu no processo de venda dela e demais oito distribuidoras do Grupo Rede.

Vamos imaginar o quanto alguns comerciantes de Altamira e outros municípios do Pará que é o 8º estado mais populoso do Brasil, desfrutam do mesmo privilégio de manter um negócio sem ter que desembolsar algo que para todos abona consideravelmente?! E aqueles moradores que possuem até três ar condicionados em casa. A média de custo de um ar condicionado ligado somente noite, no norte está em torno de 200 reais por mês. Somem para ver o quanto uns estão ou deveriam estar economizado, enquanto a maioria do Centro-Oeste, Sudeste, Nordeste nos assustamos todos os meses com o talão de energia.

Será que eu e você não pagamos por eles em algum momento dos últimos aumentos de energia?! Não é o cumulo do absurdo, uma empresa do porte da Celpa justificar que não conseguiu instalar medidores em todas as residências?! Sei lá, cadê as ONGS ambientais, o MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens, e demais contrários da construção das usinas hidrelétricas que participam de protestos que muitas vezes acabam em quebradeiras, não generalizando é claro, que não enxergam isto?! Cadê os protestos será que eles e os demais brasileiros não percebem que isto é uma pirâmide de BIRD no setor elétrico?! Que são contra a construção de empreendimentos para gerar energia, mas não enxergam o ápice da pirâmide, o desperdício deste produto que é de responsabilidade de todos?!