Neste último domingo, 02/10, Porto Velho - capital de Rondônia, que abriga as duas usinas do Complexo Hidrelétrico Rio Madeira completou 97 anos! Nada mal para uma cidade que surgiu no pátio da Ferrovia Madeira-Mamoré. O triste é que esta jovem senhora, continua com velhos problemas da época da construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (1907-1912): excesso populacional, naquela época 21 mil trabalhadores de vários países; hoje mais de 30 mil, nas duas usinas Santo Antônio e Jirau, oriundos principalmente do centro-oeste, nordeste, sul e mão de obra local - segundo dizem mais de 60% dos 30 mil...
Na época da ferrovia havia os trabalhadores ditos padrão A, qualificados, engenheiros, hoje os que vestem camisa com logomarca da usina e tem sotaque de fora, nem precisa ser engenheiro, tem preferência no comércio local...
A malária não mata como antes, nem os índios matam à flechadas, mas em contrapartida hoje, os próprios trabalhadores se matam nos alojamentos, a violência nos bairros da periferia chegou a centro da cidade. O trânsito mata uma média de dois por semana?!
Apesar dos pesares, esta é minha cidade desde que tenho 10 anos de idade, ou seja, só há 26 anos...rsrs; sou casado com um porto-velhense que nasceu em Jacy-Paraná e tenho dos filhos porto-velhenses que adoram comer pudim de tapioca com côco, mas também não desprezam o piqui, o jiló, o pão de queijo! É isto que faz desta cidade, algo único, suas misturas, suas miscigenações, suas poucas mudanças, seu povo, seus políticos, sua mania de ser cosmopolita desde o início do século!
